Ando a ler uma colecção de livros d’A Bola (6 volumes) chamado
“Equipamentos com História” e no Vol. 2 leio que, na época em que o Sporting se
sagrou tetra-campeão – vou repetir porque não terei muitas mais oportunidades
para escrever estas palavras – quando o Sporting se sagrou tetra-campeão, deu 9
ao Famalicão, 9 ao Atlético, 9 à Académica, 9 ao Elvas, 8 ao Olhanense, 6 ao
Benfica, 6 à Sanjoanense e por aí adiante. Teve 2 derrotas no total da época.
O jornalista inglês Sid Lowe, especialista do futebol
espanhol do The Guardian, escreveu na época passada uma crónica onde anunciava
uma nova era do futebol em os empates são as novas derrotas de alguns clubes
(poucos) e são as novas vitórias para outros (muitos).
Quando vemos um Porto que não perde um jogo em casa a contar
para o campeonato desde 2008 (!), a sensação que se tem quando empatam com o
Rio Ave, é de derrota. Para os seus adeptos e para os outros.
Por outro lado, sabendo que a última derrota do Sporting em casa para o
campeonato foi apenas há 3 (!) semanas - não tenhamos dúvidas, este empate com o Estoril pareceu uma
vitória. A "jogar" assim não ganhamos a ninguém.
Estamos na 6ª jornada e
temos uma vitória, 3 empates e uma derrota. Como diria o Jesus, contra isto não
há factos.
Na conferência de imprensa após o jogo com o Gil Vicente, o Sá
Pinto parafraseou o grande Eric Cantona (“As sardinhas sobrevoam as traineiras”) e
logo veio-me à ideia as semelhanças entre ambos: ex-jogadores, avançados,
golos, raça, murro no Artur Jorge, karaté num espectador, castigos...
Mas há uma diferença enorme nos dois: um estudou para ser treinador de um
grande clube europeu, o outro aceitou a sua (in)significância e ficou-se como
treinador/jogador de futebol de praia.
Acho que até com o Bilro no banco ganhávamos ao Estoril |
Porquê Sá, porque é que não gostas de praia?